Se somos o que comemos, vamos fazer um plano para uma vida saudável.
Por certo uma das piores coisas que um paciente gosta de ouvir do médico é que terá que
fazer algum tipo de dieta. Seja para hipertensão arterial, diabetes, doenças do aparelho
digestivo ou outra qualquer, realmente não é nada agradável, afinal alguns alimentos
que são tão bons para nós teremos que deixar de lado.
Mas temos que entender que uma dieta nada mais é que uma terapia nutricional onde estará
aderindo e excluindo ou evitando alguns alimentos, mas também aderindo a outros com refeições regulares.
Eu particularmente não gosto de dietas muito restritivas (salvo em casos muito especiais).
Prefiro evitar a palavra proibido assim como preferir certos alimentos. Isto significa
planejar uma boa alimentação.
A terapia nutricional se dá por uma equipe multidisciplinar, onde o especialista juntamente
com o nutrólogo, nutricionista e clínico, traçarão as melhores estratégias para o sucesso da
terapia, não se esquecendo que o ponto principal é a aderência ao tratamento por parte do paciente.
Isto leva a controlar os níveis de açúcares, gorduras, ácido úrico, sais, sódio e outras
substâncias, promovendo uma vida saudável inclusive um bom gerenciamento do peso.
A ingestão de excesso de calorias produz uma resposta do organismo com um aumento indesejável
da glicose circulante no sangue, assim como o sódio altera a função renal e o equilíbrio dos
líquidos produzindo hipertensão arterial.
Isto ao longo do tempo leva a consequências graves tais como doenças renais, neurológicas,
oftalmológicas e vasculares.
A obesidade que tem sido tão comum em nossos dias depende de uma dieta organizada,
nutritiva, além de avaliar níveis hormonais e outros fatores que causam obesidade o
que falaremos em próxima oportunidade.
Na terapia nutricional não existem milagres, é imperiosa a mudança dos hábitos alimentares.
Então o que deveríamos comer?
Entenda que a terapia nutricional o mais importante não é a quantidade do que se alimenta e sim a qualidade.
Invista em carbo-hidratos saudáveis que tem como fontes frutas, legumes, cereais integrais,
leguminosas e produtos com baixo teor de calorias.
Alimentos ricos em fibras – as fibras são os elementos vegetais que não são digeridos pelo
organismo e portanto, não podem ser absorvidos. Eles ajudam o ritmo intestinal, favorecem o
controle de doenças cardio-vasculares e metabólicas tais como níveis elevados de gorduras.
Incluem vegetais, frutas, nozes, leguminosas, trigo integral, farelo de trigo. Existem no
mercado suplementos de fibras muito bons, mas cuidado na sua escolha.
Habitue-se a comer peixes que são saudáveis para o coração pelo menos duas vezes na semana
– alguns deles tem menos gordura total que as carnes vermelhas, como exemplo, atum, bacalhau,
linguado, sardinhas, cavala, salmão que são ricos em Omega 3 que promovem proteção cardíaca.
Mas não se esqueça de evitar os peixes fritos, a milanesa e com alguns determinados tipos de peixes.
Outros bons alimentos que contem gorduras boas para nosso organismo são o abacate, amêndoas, nozes,
azeitonas, canola, oliva e óleo de amendoim. Ajudam a melhorar os níveis e qualidade do colesterol.
Portanto, estes alimentos devem estar na lista dos preferidos, mas não se esqueça de evitar as gorduras
saturadas (gorduras e proteínas de origem animal, embutidos e alguns produtos lácteos, as famosas
gorduras TRANS, alimentos ricos em colesterol, como gorduras e vísceras e principalmente o sódio – CUIDADO COM O SÓDIO!
Com tudo isto, crie um plano alimentar. Com certeza você deverá ter a ajuda de um especialista
em nutrição (nutrólogo ou nutricionista) e claro, o acompanhamento de um bom clínico.
Por enquanto é só, um grande abraço.
Dr. Marcos Paiva,
Clínica Médica e Medicina Interna e Gastroenterologia.
Diretor Presidente da Auxiliadora Casa de Saúde.
Apaixonado pela nutrologia. Amante da gastronomia.
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